Plantas
Medicinais da floresta Amazônica
As riquezas
medicinais encontradas na Amazônia são consideradas uma mina de ouro para o
tratamento de diversas doenças. É desconhecida os tipos de
plantas que possuem funções terapêuticas.

A origem do
uso dessas ervas medicinais é antiga, desde a pré-história há
relatos da estreita relação entre o homem e as plantas. Os registros mais
concretos ocorreram na civilização Egípcia e Chinesa, onde foram encontrados
papiros e livros referentes ao uso de plantas. Um papiro data de 1.600 a. C. e
revela o estudo de plantas, animais e remédios inorgânicos e o seu uso. Já, na
China estes estudos datam de antes da Dinastia Ming (1500 a. C.).
Plantas Medicinais no Brasil
No Brasil, especialmente na Floresta Amazônica,
seus primeiros habitantes chegaram há cerca de 12 mil anos. Dos paleoíndios
amazônicos originaram-se as principais tribos indígenas do país e a
fitoterapia foi sendo incluída porque estes povos utilizavam plantas para a
cura de doenças. Quando o Brasil começou a ser influenciado por outras culturas
(com uma diversidade de plantas e ervas), a fitoterapia do país adquiriu
características diferentes das de outros países. Contudo, somente com a chegada
dos portugueses ao Brasil, estes conhecimentos indígenas vieram a tona. Com as
análises feitas por Pero Vaz de Caminha, um grande escritor
brasileiro e escrivão que fazia parte da esquadra de Pedro Álvares Cabral,
surgiram um interesse pelo uso medicinal das plantas. Entre 1500 e 1580, depois
das observações feitas por Caminha, o padre José de Anchieta descreveu
minunciosamente o uso das plantas medicinais e comestíveis do Brasil,
destacando verduras e legumes e dando importância a muitos
frutos que os índios brasileiros comiam.
A maioria das descobertas da flora brasileira foram
feitas por cientistas estrangeiros, onde empresas internacionais controlam hoje
cerca de 80% da produção de medicamentos no Brasil, dos quais possuem plantas
nacionais com patentes estrangeiras.
As pesquisas brasileiras ainda não recebem
tanto incentivo governamental. Ainda com uma carência na saúde pública, com
hospitais lotados, alguns em péssimas condições ou sem médicos. Uma área que
movimenta cerca de R$ 1 bilhão de reais e gera empregos para muitas pessoas
poderia ser melhorada para que esses fitoterápicos pudessem ser usados cada vez
mais com qualidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde 80% da
população utiliza a fitoterapia como tratamento e prevenção de doenças. Cerca
de 25.000 espécies são usadas, além daquelas que são utilizadas por tribos indígenas e
comunidades na Amazônica, a variabilidade de plantas é imensa e são diversos os
usos desses vegetais. O conhecimento da fitoterapia acumulado no decorrer dos
anos constitui uma fonte de recursos para alguns problemas da sociedade moderna
brasileira e será preciso muitas pesquisas para atingir um modelo ideal na
busca desses fitoterápicos.
Alguns produtos fitoterápicos e seus usos
Carqueja
-Nome científico: Baccharis trímera
-Planta que vive mais de dois anos, chega a atingir
2 metros de altura.
-Usos: Indicada para problemas do fígado e vesícula
biliar, problemas digestivos, úlcera, gastrite. Ela tem o poder de
purificar e desintoxicar o sangue e o fígado. Podendo ser indicada para
diabetes e também contra resfriados, diarreias, garganta inflamada etc, de
acordo com a medicina popular.
Unha de gato
-Nome científico: Uncaria tomentos.
-Planta trepadeira com espinhos semelhantes a unhas
de gato. Chegando a 30m de altura, essa planta possui duas espécies (Uncaria
tomentosa e a Uncaria guianensis), da qual a Uncaria tomentos é a
mais indicada para usos terapêuticos.
-Usos: Tribos amazônicas usavam-na desde pelo menos
2.000 anos, como anti-inflamatório e para tratar problemas gastrointestinais.
Hoje, ela é destacada no tratamento do estômago e intestino, auxílio no
tratamento da AIDS e em alguns tipos de câncer.
Capim-santo ou Capim-cheiroso
-Nome científico: Lippia alba
-É uma erva perene com nós entrelaçados, folhas
compridas, lineares e eretas.
-Usos: Na Amazônia o chá dessas folhas é utilizado
contra qualquer tipo de dor, febre e problemas no estômago. Na Mata Atlântica o
suco gelado de suas folhas é ingerido como refrigerante ou sedativo e ainda em
outras regiões é utilizado como calmante e contra pressão alta.
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